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NOTÍCIAS

23 SET 2015
“A maioria das unidades de conservação marinhas não cumpre o seu papel”, afirma João Lara Mesquita
Navegador que está percorrendo o litoral brasileiro participou do VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, em Curitiba, e mostrou como o conhecimento pode mobilizar a sociedade em prol das áreas protegidas brasileiras

João Lara Mesquita compartilhou experiências no simpósio: Quem conhece, conserva: como a comunicação pode mobilizar a sociedade em prol da natureza

O conservacionista e navegador brasileiro João Lara Mesquita está realizando o sonho de muitos que são ligados ao meio ambiente: visitar as 63 unidades de conservação (UCs) federais da costa brasileira. A realidade dessas áreas protegidas, porém, está longe do ideal e a situação das 30 UCs visitadas por ele até agora mostra que o quadro de conservação é preocupante. “Estou apreensivo com o que vi, porque a maioria das UCs marinhas não cumpre o seu papel de modo efetivo, que é proteger a biodiversidade”, afirma Mesquita.

 

Os problemas identificados incluem recursos humanos escassos, infraestrutura limitada e ausência de planos estratégicos para gestão das unidades de conservação. Entre as que apresentam um quadro preocupante, Mesquita cita a Área de Preservação Ambiental (APA) do Cairuçu, localizada em Paraty - litoral sul do Rio de Janeiro - e o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral sul da Bahia. A primeira UC, segundo ele, engloba 63 ilhas e carece de pessoal para fiscalização, além de sofrer com a especulação imobiliária. A segunda, de acordo com Mesquita, tem apenas um barco para fiscalizar uma área de 90 mil hectares, frequentada por aproximadamente dois mil barcos pesqueiros. “São situações preocupantes e no mínimo desiguais, uma luta de um contra dois mil”, afirma.

 

Nas visitas realizadas até agora, uma surpresa positiva: o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (RJ) - localizado entre os municípios de Quissamã, Macaé e Carapebus - e aberto à visitação pública em dezembro do ano passado. “É um exemplo de boa gestão e de parceria com a comunidade do entorno”, ressalta. A unidade de conservação tem plano de manejo desenvolvido pelo chefe do parque, Marcelo Pessanha, em gestão compartilhada com a população do entorno, e mantém equipamentos e profissionais capacitados para garantir a fiscalização da unidade, com barcos, quadriciclos e veículos 4x4. Toda a viagem e as impressões registradas estão sendo documentadas no programa Mar Sem Fim, transmitido pela TV Cultura.

 

Compartilhando conhecimento

O conservacionista foi convidado a participar da oitava edição do Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (VIII CBUC), evento realizado periodicamente desde 1997 e considerado um dos mais importantes da América Latina sobre o tema. Durante o congresso, ele compartilhou essa experiência dentro do simpósio ‘Quem conhece, conserva: como a comunicação pode mobilizar a sociedade em prol da natureza’. Segundo ele, a participação da população na temática ambiental é fundamental para a efetiva conservação da natureza. “A proteção de qualquer unidade de conservação não precisa ser responsabilidade única do poder público. É importante que a sociedade se engaje, pois todos se beneficiam com serviços ambientais que áreas protegidas fornecem”, explica Mesquita.

 

Nos próximos meses, ele visitará as UCs marinhas federais localizadas entre a Bahia e o Amapá, onde encerrará a expedição Mar sem Fim, que tem o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, organização não governamental que também é a realizadora do VIII CBUC. Todo o material coletado servirá de base para um livro que mostrará o raio X da conservação nas 63 UCs marinhas federais.

 

Serviço:

VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação

Data: 21 a 25 de setembro

Para saber mais sobre o VIII CBUC, acesse:  www.fundacaogrupoboticario.org.br/cbuc

 

Sobre a Fundação Grupo Boticário: a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.436 projetos de 482 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.  Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.brwww.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.

Relacionamento com a Imprensa

Maria Luiza Campos (marialuiza@nqm.com.br)

(41) 3254-6077 e (41) 9235-3107


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