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NOTÍCIAS

23 SET 2015
Canadense que levou água para 1 mi de africanos vem ao Brasil contar sua história
“Disponibilidade de água muda a vida das pessoas”, afirma Ryan Hreljac, que participará em setembro, no Brasil, do maior congresso de conservação da natureza da América Latina

"(...)Mas agora o Brasil não pode ignorar mais essa situação, o problema veio à tona e é preciso lidar com ele agora”

Ryan Hreljac tinha apenas seis anos quando percebeu que o mundo não era igualitário. “Minha professora nos disse que crianças precisavam andar cinco quilômetros para buscar água e eu precisava andar apenas dez passos para chegar até o bebedouro mais próximo. Isso não me pareceu justo. Tinha que fazer alguma coisa”, conta o canadense de 25 anos, que vem ao Brasil a convite da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Ryan participará do VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (VIII CBUC), evento que marca os 25 anos da instituição e que será realizado de 21 a 25 de setembro de 2015.

 

Ao invés de se conformar com a realidade que priva milhares de pessoas do acesso aos recursos hídricos, Ryan começou a se mobilizar, unindo também sua comunidade, para angariar fundos para construir poços de água na África. Em 1999, aos oito anos, finalmente conseguiu realizar seu sonho inicial: foi perfurado o primeiro poço ao lado de uma escola, no norte da Uganda. A partir dessa primeira experiência, Ryan percebeu que não estava levando apenas água a essas comunidades, estava levando dignidade. “Se as pessoas têm uma fonte de água limpa elas não morrem de diarreia nem de tifoide. Os adultos vão trabalhar e melhorar a agricultura da comunidade. Além disso, as crianças podem ir à escola e não precisam passar o dia buscando água. Então, a disponibilidade de água muda a vida das pessoas, ela dá o poder para que ajudem a si mesmas”, relata emocionado.

 

Essa passou a ser a paixão de Ryan e, aos dez anos, ele criou a Ryan’s Well Foundation. Instituição na qual trabalha até hoje, aos 25 anos, e que já realizou 922 projetos em 16 países, levando água limpa para mais de 800 mil pessoas.

 

Da África ao Brasil

 

Ryan Hreljac conta que ficou preocupado ao verificar a extensão da crise hídrica brasileira. Segundo ele, é preciso perceber que a dificuldade de acesso à água tem se tornado cada vez mais um problema mundial. “Eu acho que essa é uma daquelas situações em que, durante um longo período, não se valorizou a água, nem a importância de preservá-la e isso acabou sendo deixado de lado, não se falou a respeito. Mas agora o Brasil não pode ignorar mais essa situação, o problema veio à tona e é preciso lidar com ele agora”, enfatiza.

 

Porém, Ryan destaca que não se pode colocar toda a responsabilidade de resolver a crise hídrica em apenas um setor da sociedade, pois todos têm um papel a desempenhar, colaborando para resolver esse problema global. “Pela minha experiência tenho certeza de que precisamos trabalhar juntos, tomando decisões importantes sobre nossos mananciais e mudando a forma como temos tratado o meio ambiente até agora, envolvendo e mobilizando todos no processo”, conclui. Ele completa ainda dizendo que uma pessoa pode sim fazer a diferença, não importa o quão jovem ou idosa ela seja: “todos podem contribuir”.

 

Serviço:

VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação

Data: 21 a 25 de setembro

Para saber como assistir à palestra de Ryan Hreljac e conhecer os outros palestrantes, acesse:  www.fundacaogrupoboticario.org.br/cbuc

 

Sobre a Fundação Grupo Boticário: a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.436 projetos de 482 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.  Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.brwww.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.

 

Relacionamento com a Imprensa 

Maria Luiza Campos (marialuiza@nqm.com.br)

(41) 3254-6077 e (41) 9235-3107

 

Foto: divulgação.


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